30.1.10

Hirsutismo e hipertricose


O hirsutismo é um problema crónico que se manifesta pelo crescimento excessivo de pêlos grossos e escuros na mulher, em zonas do corpo onde normalmente surgem no homem (lábio superior, queixo, costas, à volta dos mamilos, entre as mamas, abaixo do umbigo, na região interna das coxas e nas nádegas).

Mais do que um problema meramente estético, o hirsutismo pode ser uma manifestação de uma doença, geralmente do foro hormonal, pelo que justifica uma investigação sistemática pelo endocrinologista. Para além dos seus aspectos físicos, implica ainda problemas psicológicos e de desconforto nas relações sociais, justificando-se o seu tratamento, muitas vezes em coordenação com o dermatologista.

O hirsutismo atinge 5 a 8% da população feminina em idade fértil, o que significa que uma em cada 20 mulheres, entre a puberdade e os 50 anos, é hirsuta.

Factores de risco e causas

O hirsutismo é menos frequente nas mulheres asiáticas e africanas e, na Europa, as mediterrânicas são mais peludas que as nórdicas. Sabe-se ainda que existe uma relação do hirsutismo com a obesidade, havendo melhoria do hirsutismo quando a mulher perde peso.

Em 80% dos casos, o hirsutismo está relacionado com um excesso de produção de hormonas masculinas (androgénios) pelos ovários e/ou glândulas supra-renais, sendo a causa mais frequente deste aumento da produção de androgénios a síndrome do ovário policístico.

A diferença da Hipertricose

Hipertricose é o termo médico para sintomas ou síndromes em que há aumento excessivo do aparecimento de pêlos no corpo. Quando há surgimento de pêlos no rosto (e.g. Mulher barbada), normalmente é referido como hirsutismo. Mas se ocorre crescimento exagerado em todo o rosto, tanto em homens quanto mulheres, também é referido como hipertricose.